Não sou muito dada a esta coisa do "dia de..."... mas li algures que hoje é dia do amigo e sigo aqui, sentada no metro, ouvindo a minha música e mais uma vez as pessoas olhando cada uma para o seu telemóvel.
Resolvi escrever umas linhas sobre os meus amigos e sobre o que poderá ser isto de ser-se amigo.
Nunca fui muito boa naquilo que poderá ser o ideal para alimentar uma amizade. Não costumo telefonar, muitas vezes não fui ao tal café e durante estes anos que passaram foram muitos os contactos que perdi. Daqueles que gostaria de ter mantido e que acabei por perder o rasto, precisamente por esta ausência.
Será por preguiça, porque tenho muitas fases de solidão que me alimenta, por adversidades da vida e/ou sobretudo desorganização. Sou péssima a gerir o tempo.
Tenho noção desta minha dificuldade e tenho tentado melhorar, mas isto quando se é mais cota fica mais difícil.
No entanto quero deixar muito claro o seguinte: tenho amigos para a vida inteira com os quais não preciso falar todos os dias. Aliás, passam-se meses sem que falemos. No entanto, e digam lá outra vez que sou doida, o universo tem umas coisas deliciosas, e muitas vezes quando estou mais em baixo, lá recebo um telefonema ou um SMS inesperado que me põe um sorriso e me lembra que sou uma felizarda. Como o que acabo de receber agora e tive que parar de escrever esta nota para o ler :)
Com estes amigos tenho aprendido que amizade é isto. É estar lá até mesmo sem saber que somos necessários. Sem cobranças, nem caganças. Com a verdade, dizer o que sentimos e aquilo que somos. Sem medos.
Rir à gargalhada, chorar quando nos apetece sem ouvir dizer não chores.
Ficar sentado lado a lado sem ter que dizer uma única palavra. Só porque sim. Porque nos apetece.
Mesmo não sendo uma "alimentadora" perfeita das minhas amizades, tenho amigos assim.
Neste momento já vou noutra carruagem, em pé e tipo sardinha em lata ... e ao olhar em volta penso, quantos destes amigos aqui têm a mesma sorte que eu?
Ana Paula Ribeiro
Resolvi escrever umas linhas sobre os meus amigos e sobre o que poderá ser isto de ser-se amigo.
Nunca fui muito boa naquilo que poderá ser o ideal para alimentar uma amizade. Não costumo telefonar, muitas vezes não fui ao tal café e durante estes anos que passaram foram muitos os contactos que perdi. Daqueles que gostaria de ter mantido e que acabei por perder o rasto, precisamente por esta ausência.
Será por preguiça, porque tenho muitas fases de solidão que me alimenta, por adversidades da vida e/ou sobretudo desorganização. Sou péssima a gerir o tempo.
Tenho noção desta minha dificuldade e tenho tentado melhorar, mas isto quando se é mais cota fica mais difícil.
No entanto quero deixar muito claro o seguinte: tenho amigos para a vida inteira com os quais não preciso falar todos os dias. Aliás, passam-se meses sem que falemos. No entanto, e digam lá outra vez que sou doida, o universo tem umas coisas deliciosas, e muitas vezes quando estou mais em baixo, lá recebo um telefonema ou um SMS inesperado que me põe um sorriso e me lembra que sou uma felizarda. Como o que acabo de receber agora e tive que parar de escrever esta nota para o ler :)
Com estes amigos tenho aprendido que amizade é isto. É estar lá até mesmo sem saber que somos necessários. Sem cobranças, nem caganças. Com a verdade, dizer o que sentimos e aquilo que somos. Sem medos.
Rir à gargalhada, chorar quando nos apetece sem ouvir dizer não chores.
Ficar sentado lado a lado sem ter que dizer uma única palavra. Só porque sim. Porque nos apetece.
Mesmo não sendo uma "alimentadora" perfeita das minhas amizades, tenho amigos assim.
Neste momento já vou noutra carruagem, em pé e tipo sardinha em lata ... e ao olhar em volta penso, quantos destes amigos aqui têm a mesma sorte que eu?
Ana Paula Ribeiro
Os amigos mesmo distantes, no reencontro e como se estivesse falado com eles a minutos.
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