Avançar para o conteúdo principal

Nomes que ficam no coração...


Sinto necessidade de escrever, de que fique algures registado o que sinto...

porque o meu respeito por este momento é tão grande, quanto o amor que senti por estas três pessoas que sei, me amaram também.

Afinal, todo o caminho que percorremos é a nossa história. E eu, menina de 17 anos, cresci com elas.

Hoje é um dia especial. Um marco de reviravolta na minha vida.

É incrível como uns simples rabiscos podem transformar a tua vida.
Uns rabiscos e o teu nome muda. Ou melhor, volta às origens.

Tenho muito orgulho no meu “Ribeiro” e estou feliz por efetivamente “o ter de volta”.

No entanto, não posso deixar de sentir uma estranheza…
foram mais de 20 anos a ser chamada de Castro.

Castro
Castrinho
Castra
Castrinha

Sim, eu sei … o nome não nos faz. As atitudes essas, sim.

Mas sinto uma estranheza… uma estranheza feliz!

Hoje é um dia especial.

Um ponto final na minha história com uma dessas pessoas. História que me fez a Paula de hoje.

Quanto às outras duas pessoas, onde quer que vocês estejam, em qualquer estrelinha a olhar por mim (que sei, estarão sempre), a vós dois quero dizer que foi um orgulho muito grande ter sido Castro.

Para vós serei sempre a vossa Paula.

Um dia, acredito, voltaremos a nos encontrar.

E que alegria vai ser!

Ana Paula Ribeiro

(Pensei muito antes de publicar estas linhas.  Como sempre, vou fazer o que me dita o coração)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Uma reflexão que, espero, te sensibilize.

2 anos passaram rápido.  Nestes 2 anos tenho aprendido muito. A cada dia que passa sou sensibilizada com questões que outrora não me ocorriam, mas que me deixam perplexa. Como, algumas delas, nunca me passaram pela cabeça? Eu, que sempre fui muito de pensar na outra pessoa, naquilo que está a sentir. Ou pelo menos dou por mim a tentar, antes de tomar qualquer tipo de atitude ou julgamento. Não sou melhor pessoa que os outros, apenas sou, e quem me conhece sabe bem, uma pessoa que vive do que o coração lhe dita, afogada em sentimentos. E hoje o meu está com a pica toda para partilhar convosco esta reflexão. Vá lá, não se queixem que eu que não escrevo há muito tempo.  Muito se tem falado da liberdade que tínhamos e que o Covid-19 nos roubou.  O direito à nossa liberdade.  Direitos. Já pararam para pensar nos direitos das pessoas que têm uma deficiência? Cada vez mais acredito que esses direitos dependem muito de todos nós.  A forma como nos posicionamos perante a deficiência faz toda a

O maquinista

Hoje durante a viagem por linhas metropolitanas, não escrevi nada. Nem no papel, nem no telemóvel. Mas estava para aqui a pensar com os meus botões, de todos os rostos que vi qual o que me sobressaiu mais... E acho que foi mesmo o do maquinista. Quando a carruagem vem, eu sempre fico atenta ao maquinista. Tento ver o rosto daquele que me vai levar até ao meu destino. Sempre de rosto sério, triste(?) de quem está sozinho, percorrendo sempre os mesmos caminhos. Em gestos automatizados dos quais nem se recorda fazer. Segue aquela linha. Vai. Regressa. Vai. Regressa. Ironia. Dentro das carruagens vão centenas de pessoas. Apressadas. Apertadas. Sonolentas. Abafadas. Sem se lembrarem dele. Sem nunca pensarem nele. O maquinista que as leva todos os dias para os seus destinos. Hoje pensei nele. Hoje não o vi. Observei-o. E quero agradecer-lhe. Porque me sorriu e me fez sorrir também. Ana Paula Ribeiro