Às vezes penso que não sou deste mundo. Que devo ter caído de uma qualquer nave espacial. Acreditar nas pessoas e no amor que podem sentir pelo outro parece que soa a ridículo aos olhos de por quem cá vive… digam-me vocês o que acham?
No outro dia em conversa num grupo de amigos ouvi uma das pessoas dizer que aos 40 já não há aquela coisa de se estar apaixonado. De nos deixarmos ir por sensações ou sentimentos ridículos da juventude.
Deve ser uma das maiores parvoíces que ouvi e naquele momento calada pensei… que ridícula me pareces tu. Ridícula e triste.
Dizia ainda que as pessoas a partir de uma certa idade deixam-se ficar com aquela pessoa porque se sentem acompanhadas e por medo da solidão. Por sentir que falharam e precisam de alguma forma provar aos outros e a si que são capazes de ter um relacionamento.
Pensei… sim, de certo acontece com muitas pessoas, mas não tem que ser assim.
Estar com alguém porque o medo de ficar sozinho é superior à sensação vazia de não ter aquela pessoa que nos preenche, é o pior que pode acontecer. A ti e a quem está contigo.
A vida deve ser vivida em pleno e não por arrasto. Tens esse direito e a pessoa que contigo está também o tem.
Estar sozinho pode ser a melhor forma de te encontrares. Talvez seja o que te faz mais falta. Não é teres alguém. É saberes viver contigo e gozares o bom que a vida tem para oferecer. É te apaixonares por ti.
E, se por um acaso, te cruzares com alguém que te faça sentir aquelas emoções ridículas que a minha amiga referiu naquele dia, lembra-te do que eu digo, não fujas e não as escondas.
São as melhores sensações do mundo!
Estarei errada?
Ana Paula Ribeiro
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