2016
está a terminar … já cheira a fogo de artifício, a festa, a abraços e para
muitos a lágrimas.
Supostamente
estamos naquela altura do ano que nos leva a refletir sobre o que vivemos nesse
ano e a vida toda até então.
Sinceramente
nunca tinha sentido tanto a necessidade de o fazer, talvez para evitar a
confrontação com a realidade que vivia, não sei bem.
Porém
este ano sinto-me diferente. E talvez porque nunca me dá o sono e contar
carneiros já não me ajuda nas minhas insónias, sobrou o refletir sobre o que
foi o meu 2016.
Foi
um ano de mudanças bruscas. Um ano de saudosismo, ruturas e de dor. Muita dor.
Não pelo ano em si, mas por ser o reflexo de tantos anos passados deixarem de
fazer sentido em algumas nuances. A nível pessoal, mas também profissional. Foi aquilo a que se chama bater no fundo.
Confesso
que muitas vezes nestes anos e sobretudo nos primeiros meses deste, não
consegui perceber "ca" raio fazia cá e senti muitas vezes não fazer falta a
ninguém. E se há sensação que adoro e que me alimenta é sentir que posso
preencher e alegrar o dia de alguém, um pouquinho que seja, com a minha
presença.
Não
me interpretem mal, sei perfeitamente que tenho 2 filhos lindos, que amo
incondicionalmente, seres humanos maravilhosos. Foi muitas vezes a pensar neles
que me mantive à tona.
Os
meus pais e os meus manos foram também eles sem saber, os meus pilares muitas
vezes. Porque o amor que sinto por eles e a força que têm para viver mesmo depois de tudo o que passaram na vida, fez-me querer ficar deste lado.
Por
outro lado, o inscrever-me na Universidade Aberta em 2012 foi uma força que
veio não sei de onde e a melhor coisa que me podia ter acontecido naquela
altura. Permitiu-me abrir as cortinas que teimavam fechar. Cresci enquanto pessoa. Conheci pessoas maravilhosas
e que mesmo sem fazerem ideia do que eu passava, foram a minha fonte de
energia, juntamente com a minha família.
A
mudança deste ano. Brusca. Não fui eu quem a provocou. Devo-a a alguém. Mais
corajoso que eu? Agora vejo que sim. Agradeço a sua coragem. E terminar o ano
sem mágoa é a maior alegria que sinto neste momento.
Mas
2016 não foi só rutura e dor. Transformou-se num ano de descoberta. Tem sido
uma descoberta do eu e das rugas que me suportam. Descobrir que ainda tenho
tanto para viver e sobretudo para dar! Que bom! É isto que eu sou, uma dada! 😍
Obviamente
não posso deixar de falar em ti. Apareceste inesperadamente e despertaste em
mim emoções que me encheram o coração e me fizeram feliz.
És
um ser humano muito especial com Valores que andam esquecidos neste mundo que é
tão bonito de se viver, mas que há pessoas que teimam em fazê-lo da treta.
Gosto
muito de tu :)
Li
algures hoje que a palavra emoção tem a sua origem no verbo latim emovere que
significa mover.
Sendo
assim para 2017 desejo a todos que se deixem "emovere”.
MOVAM-SE
pelo amor da Santa! EMOCIONEM-SE!
Só
assim faz sentido viver :)
Ana Paula Ribeiro
Ana Paula Ribeiro
Uma vez disseste-me que sou uma pessoa maravilhosa. Sabes o quanto a tua amizade me tem feito bem? Nem as palavras o descreveriam como a atitude que tens. Que sejas muito feliz, porque o mereces! :)
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