Mais uma viagem. Linha amarela.
Desta vez atrasada.
Desço as escadas num frenesim para entrar na carruagem.
Sento-me e os meus olhos imediatamente se enchem de ternura pela mulher que está à minha frente.
Cabelos loiros.
Magra.
Pele clara, de uma textura que pede o toque.
As suas mãos levam-me às horas de trabalho que todos os dias precisa para vencer num país que não é o seu, numa profissão que não é aquela para a qual estudou em menina.
O seu olhar distante faz-me sentir um misto de tristeza e ternura.
No colo, um colar com uma palavra num idioma que me é desconhecido.
Tenho a certeza que se eu a soubesse ler, leria a palavra saudade.
Ana Paula Ribeiro
(linha amarela, 31/03/2017)
Desta vez atrasada.
Desço as escadas num frenesim para entrar na carruagem.
Sento-me e os meus olhos imediatamente se enchem de ternura pela mulher que está à minha frente.
Cabelos loiros.
Magra.
Pele clara, de uma textura que pede o toque.
As suas mãos levam-me às horas de trabalho que todos os dias precisa para vencer num país que não é o seu, numa profissão que não é aquela para a qual estudou em menina.
O seu olhar distante faz-me sentir um misto de tristeza e ternura.
No colo, um colar com uma palavra num idioma que me é desconhecido.
Tenho a certeza que se eu a soubesse ler, leria a palavra saudade.
Ana Paula Ribeiro
(linha amarela, 31/03/2017)
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