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Mensagens

É assim, quando se tem um amigo muito especial

Sais do trabalho tarde... cheia de vontade de te estenderes a comer umas pipocas e a ver um rol de episódios de uma qualquer série. E pensas ... ah! A esta hora há lugares sentados! Nop ... Perturbações na linha ... e em todas as pessoas que vão entaladas umas nas outras. Não posso respirar ou corro o risco de tocar em alguma parte estranha do vizinho do lado. E do da frente. E do de trás. Teimo em procurar o telemóvel no bolso e consigo puxa-lo com grande esforço e  cola-lo ao nariz, de forma a ler as novidades dos meus amigos online. Eis que surge o meu fã n.º 1  e partilho com ele, a todo custo (bendito teclado especial), a minha dor. - Oh pá! Estou tão entalada que pareço uma sardinha!! Do outro lado, nada. Silêncio. E pensei ... xiça que isto hoje corre mesmo mal ... mas não! O meu fã apenas se inspirou e dedicou-me a seguinte obra de arte: No metro Apertada como uma sardinha Sob pressão de corpos alheios Sufoco A minha mente viaja Perco-me Num Mundo tão

“- E pra onde vais com esse medo todo?”

Foi a última frase que ouvi hoje de manhã, de uma conversa entre dois jovens que entraram na mesma carruagem. Pus os meus “fones”, liguei a música no telemóvel e fechei os olhos. Mas aquela frase não me saiu da cabeça e quando dei por mim, saiu isto… Medo. Eu não quero o medo. Quero o risco. Quero perder o sentido, ganhar emoções sem rede. Viajar mais! Chorar mais! Dançar à chuva! Rir até não poder mais! Quero sofrer para me sentir viva e viver para me sentir feliz! Correr atrás do sol e deitar-me com a lua. Quero arriscar palavras loucas em frases sem sentido. Desenhar caminhos novos nos traçados pela vida, fazer fintas aos obstáculos da mente. Quero abraços desconhecidos. Beijos apaixonados! Eu quero amar. Quero prazer. Quero sentir em mim emoções sem sentido. Deixar-me ir... Eu quero o risco. Não o medo. Ana Paula Ribeiro

Desvarios...

Sempre precisei do meu espaço. Momentos com nada e ninguém. Ultimamente, no meu nada e ninguém, apareces tu... Umas vezes chegas de mansinho e sem dar por isso, já o nada és tu. Outras, vens num turbilhão. Chegas e, do nada és o meu ninguém. Hoje as saudades apertam imenso. Tanto. Chegam como as agitadas ondas do mar. Gigantes... e nelas me sinto a afogar... Ana Paula Ribeiro 

Tudo o que era ficou suspenso no silêncio de um pretérito demasiado imperfeito.

Um instante apenas faz com que venha de imediato, o sabor amargo dessa imperfeição. Não aprendi ainda a lidar com determinadas atitudes. A arrogância é uma delas. Imaturidade minha? Talvez. Na realidade não sei se quero aprender... Prefiro seguir meu caminho na direção oposta. Ana Paula Ribeiro 

Olhares que observam...

Mais uma viagem. Linha amarela. Desta vez atrasada. Desço as escadas num frenesim para entrar na carruagem. Sento-me e os meus olhos imediatamente se enchem de ternura pela mulher que está à minha frente. Cabelos loiros. Magra. Pele clara, de uma textura que pede o toque. As suas mãos levam-me às horas de trabalho que todos os dias precisa para vencer num país que não é o seu, numa profissão que não é aquela para a qual estudou em menina. O seu olhar distante faz-me sentir um misto de tristeza e ternura. No colo, um colar com uma palavra num idioma que me é desconhecido. Tenho a certeza que se eu a soubesse ler, leria a palavra saudade. Ana Paula Ribeiro (linha amarela, 31/03/2017)

O maquinista

Hoje durante a viagem por linhas metropolitanas, não escrevi nada. Nem no papel, nem no telemóvel. Mas estava para aqui a pensar com os meus botões, de todos os rostos que vi qual o que me sobressaiu mais... E acho que foi mesmo o do maquinista. Quando a carruagem vem, eu sempre fico atenta ao maquinista. Tento ver o rosto daquele que me vai levar até ao meu destino. Sempre de rosto sério, triste(?) de quem está sozinho, percorrendo sempre os mesmos caminhos. Em gestos automatizados dos quais nem se recorda fazer. Segue aquela linha. Vai. Regressa. Vai. Regressa. Ironia. Dentro das carruagens vão centenas de pessoas. Apressadas. Apertadas. Sonolentas. Abafadas. Sem se lembrarem dele. Sem nunca pensarem nele. O maquinista que as leva todos os dias para os seus destinos. Hoje pensei nele. Hoje não o vi. Observei-o. E quero agradecer-lhe. Porque me sorriu e me fez sorrir também. Ana Paula Ribeiro

Instantes

Há instantes que vivo contigo que me deixam a ensandecer. Mas não me deixo levar pelo desvairo dos momentos em que te toco. A ti que não sabes o que sinto. Nesse momento doce e tranquilo, mas quase louco, agarro-me… calo o meu desejo. Fecho os olhos e sinto-te como se fosse uma última vez. Se eu pudesse parar o tempo ... Tanto fujo e estou cada vez mais presa a ti. Quando vais, fica aquele gosto amargo. De quem não fez o que sentia. De quem não disse o que queria. Ana Paula Ribeiro

Hoje é dia de

Não sou muito dada a esta coisa do "dia de..."... mas li algures que hoje é dia do amigo e sigo aqui, sentada no metro, ouvindo a minha música e mais uma vez as pessoas olhando cada uma para o seu telemóvel. Resolvi escrever umas linhas sobre os meus amigos e sobre o que poderá ser isto de ser-se amigo. Nunca fui muito boa naquilo que poderá ser o ideal para alimentar uma amizade. Não costumo telefonar, muitas vezes não fui ao tal café e durante estes anos que passaram foram muitos os contactos que perdi. Daqueles que gostaria de ter mantido e que acabei por perder o rasto, precisamente por esta ausência. Será por preguiça, porque tenho muitas fases de solidão que me alimenta, por adversidades da vida e/ou sobretudo desorganização. Sou péssima a gerir o tempo. Tenho noção desta minha dificuldade e tenho tentado melhorar, mas isto quando se é mais cota fica mais difícil. No entanto quero deixar muito claro o seguinte: tenho amigos para a vida inteira com os quais não

Para ti que ainda não sei quem és...

Não te conheço. Não sei teu rosto. Sei que estou apaixonada por ti. Que me fazes feliz em momentos pincelados de prazer. Vou sentindo o cheiro e o toque da tua pele,  sem sequer saber quem és. Sigo todos os dias nos meus passos que me levam de encontro a ti. A estrada que desenho é única. Pode ter várias encruzilhadas, mas a direção que tomo é sempre a mesma, a que me leva até ti… Até um dia, paixão… Ana Paula Ribeiro

Esta noite estou como a Simone...

Conheço teu beijo, mas não sei teu rosto... Quem será que me chega Na toca da noite Vem nos braços de um sonho Que eu não desvendei Eu conheço o teu beijo, Mas não vejo o teu rosto. Quem será que eu amo E ainda não encontrei Que sorriso aberto Ou olhar tão profundo. Que disfarce será que usa Pro resto do mundo. Onde será que você mora Em que língua me chama Em que cena da vida Haverá de comigo cruzar Que saudade é essa Do amor que eu não tive Por que é que te sinto se nunca te vi Será que são lembranças De um tempo esquecido Ou serão previsões De te ver por aqui... então vem! Me desvenda esse amor Que me faz renascer. Faz do sonho algo lindo Que me faça viver. Diz se fiz com os céus algum trato Esclarece esse fato E me faz compreender. Esse beijo, esse abraço na imaginação E descobre o que guardo pra ti No meu coração Mas deixa eu sonhar, deixa eu te ver. Vem e me diz: quem é você ... https://www.youtube.com/watch?v=I9Hw9h1S0lY

Adeus ano velho. Feliz ano novo!

2016 está a terminar … já cheira a fogo de artifício, a festa, a abraços e para muitos a lágrimas. Supostamente estamos naquela altura do ano que nos leva a refletir sobre o que vivemos nesse ano e a vida toda até então. Sinceramente nunca tinha sentido tanto a necessidade de o fazer, talvez para evitar a confrontação com a realidade que vivia, não sei bem. Porém este ano sinto-me diferente. E talvez porque nunca me dá o sono e contar carneiros já não me ajuda nas minhas insónias, sobrou o refletir sobre o que foi o meu 2016. Foi um ano de mudanças bruscas. Um ano de saudosismo, ruturas e de dor. Muita dor. Não pelo ano em si, mas por ser o reflexo de tantos anos passados deixarem de fazer sentido em algumas nuances.  A nível pessoal, mas também profissional. Foi aquilo a que se chama bater no fundo. Confesso que muitas vezes nestes anos e sobretudo nos primeiros meses deste, não consegui perceber "ca" raio fazia cá e senti muitas vezes não fazer falta a
O poeta Raul Minh'alma colocou ontem uma questão na sua página do facebook: É possível amar alguém por quem nunca nos tenhamos apaixonado? Deixo-vos a minha opinião Acredito que seja possível entre duas pessoas que se conhecem, dois amigos por exemplo. Aqueles amigos que fazem muitas coisas juntos, que desabafam, que riem, choram e estão sempre lá e pensam muito um no outro, podem começar a sentir outro sentimento que não a amizade inicial. Vem aquele amor calmo e sereno, mas que também pode dar borboletas no estômago quando assumem o sentimento novo e se deixam levar. E desejo que sim! Porque essa sensação é tão boa 💗  E vocês? como responderiam ao poeta? Raul Minh'alma https://www.facebook.com/raulminhalma/ Instagram: @raulminhalma Snapchat: raulminhalma Ana Paula Ribeiro

É tão simples

Sentada no metro observando.  Olhares perdidos nos telemóveis, nas janelas que dão para o escuro de um túnel que os leva sempre para os mesmos caminhos.  De repente, olhares que se cruzam.  Um impasse.  Os olhos já trocam sorrisos, mas os lábios teimam em manter aquele traço rígido, de quem se viciou em mostrar desapego por quem segue no banco da frente.  Até que um sorriso teimoso surge e, naquele instante, duas almas seguem muito mais felizes num caminho que de repente ficou mais claro.  É tão simples :) Ana Paula Ribeiro
É isto... "E talvez o medo disso virar realidade é o que trava, ou aquele vício de mostrar desinteresse – que já se tornou tão comum – ainda é mais forte do que o medo de sair da zona de conforto." Bom dia e larguem o vício e se o sentem, digam-no! Ana Paula Ribeiro

Desabafo numa tarde de chuva

Às vezes penso que não sou deste mundo. Que devo ter caído de uma qualquer nave espacial. Acreditar nas pessoas e no amor que podem sentir pelo outro parece que soa a ridículo aos olhos de por quem cá vive… digam-me vocês o que acham? No outro dia em conversa num grupo de amigos ouvi uma das pessoas dizer que aos 40 já não há aquela coisa de se estar apaixonado. De nos deixarmos ir por sensações ou sentimentos ridículos da juventude. Deve ser uma das maiores parvoíces que ouvi e naquele momento calada pensei… que ridícula me pareces tu. Ridícula e triste. Dizia ainda que as pessoas a partir de uma certa idade deixam-se ficar com aquela pessoa porque se sentem acompanhadas e por medo da solidão. Por sentir que falharam e precisam de alguma forma provar aos outros e a si que são capazes de ter um relacionamento. Pensei… sim, de certo acontece com muitas pessoas, mas não tem que ser assim.  Estar com alguém porque o medo de ficar sozinho é superior à sensação vazia de não ter a

c'marie

Eu já tenho a minha obra de arte! E espero que o mundo veja o seu talento :) Visita o merc'art (Mercado da Ribeira, Lisboa), até dia 8 de dezembro! Entrevista a Constança Bettencourt (c'marie) http://www.maxima.pt/lifestyle/detalhe/mercart_a_primeira_galeria_suspensa_de_lisboa.html

Aos professores

Eu não sou professora. Mas tenho muito orgulho em vários professores que tive.  Mais do que uma profissão, o ser-se professor deve ser encarado como um modo de vida.  A profissão com a maior das responsabilidades já que a partir dos seus ensinamentos são formados profissionais como por exemplo aqueles que nos salvam a vida ou nos regulamentam as leis, entre tantos outros fundamentais à nossa existência.  Um professor deixa marcas na nossa vida e interfere na formação do nosso carácter.  Deveria ser mais respeitado.  Não sou professora mas tenho muito orgulho em ti, que és! Ana Paula Ribeiro

Reflexão da manhã

Hoje li um texto onde é referido que um bom copo de vinho pode ser um aliado quando algo corre mal. Uma forma de escape. Quando algo me incomoda, de alguma forma me deixa triste ou sem chão, dou por mim a por os phones para ouvir uma música que me tranquilize naquele momento. Nem sempre tenho um copo à disposição :)  É preciso descobrir o que nos ajuda a vir à tona. E a ti? O que te conforta? Bom dia! Ana Paula Ribeiro

Reflexão de hoje

"Tudo o que era ficou suspenso no silêncio de um pretérito demasiado imperfeito. " E depois, quando pensas que já ultrapassaste, um instante apenas faz com que na tua boca venha de imediato o sabor amargo dessa imperfeição.  Não aprendi ainda a lidar com determinadas situações ou atitudes.  A arrogância é uma delas. Faz-me sofrer.  Imaturidade? Talvez.  Mas na realidade não sei se quero aprender.  Continuo a preferir seguir o meu caminho na direcção oposta. Bom dia! Ana Paula Ribeiro